A Marvel resolveu chacoalhar novamente o seu tabuleiro cósmico e, desta vez, nem mesmo os fãs mais calejados das grandes viradas espaciais estavam preparados. Em março chega IMPERIAL GUARDIANS, nova série derivada de Imperial, de Jonathan Hickman, comandada por uma dupla que dispensa apresentações: Dan Abnett no roteiro e Marcelo Ferreira na arte.
Se o universo Marvel já parecia instável após Imperial, agora ele simplesmente se tornou outro lugar. A queda da velha ordem e a ascensão da União Galáctica criaram um cosmos repleto de novas regras, tensões, fraturas e zonas cinzentas. Nesse vácuo de poder, onde tudo pode ruir a qualquer momento, surge uma força clandestina encarregada de evitar o colapso total: os Guardiões Imperiais, uma espécie de versão “black ops” dos Guardiões da Galáxia.
A escolha de Abnett para liderar o projeto é quase poética. Foi ele quem redefiniu o lado cósmico da Marvel na era Aniquilação e estabeleceu o molde moderno dos Guardiões. Agora, retorna ao campo de batalha que ele mesmo ajudou a construir mas, sem buscar repetição. A proposta aqui é justamente jogar o leitor no desconforto do pós-Imperial, onde nada é garantido e tudo tem consequência.
A formação da equipe resume bem essa lógica:
Capitã Marvel, Gamora, Darkhawk, Amadeus Cho (pilotando sua própria Hulkbuster!) e o Motoqueiro Fantasma Cósmico.
Todos reunidos secretamente por Maximus, que opera naquele limiar nada confiável entre genialidade, caos e manipulação. É um time que parece montado para dar errado e é exatamente essa fricção que torna a premissa tão promissora.
Abnett descreve esse novo cosmos como um lugar onde até as vitórias machucam. Sua equipe reflete esse espírito: poderosa, mas completamente instável. A energia agressiva da Capitã Marvel, o perigo imprevisível do Motoqueiro Fantasma Cósmico, a precisão fria de Gamora, a impulsividade de Cho e o mistério crescente de Darkhawk, tudo isso dentro de um tabuleiro que ameaça ruir a cada movimento.
Enquanto isso, Marcelo Ferreira parece estar no seu habitat natural. Ele comenta que trabalhar ao mesmo tempo com drama de equipe e épico cósmico é o tipo de desafio que o anima. Personagens como Gamora e o Motoqueiro Fantasma Cósmico praticamente exigem dinamismo, e essa energia deve explodir direto nas páginas.
Para quem acompanha o lado cósmico da Marvel, IMPERIAL GUARDIANS chega com a cara de “novo capítulo”: não um reboot, mas uma reinvenção consciente, alimentada pelo caos criativo deixado por Hickman.
As capas de Sean Izaakse e Netho Diaz já foram reveladas, e o primeiro número desembarca em março. Tudo indica que 2026 será um ano recheado para quem gosta de ver o universo Marvel operando no limite entre explosões, conspirações e decisões morais bem duvidosas.
Do jeito que o Manifesto do Caos gosta.


