Neste episódio do Manifesto do Caos, mergulhamos em uma das obras mais impactantes dos quadrinhos modernos: MAUS, de Art Spiegelman. Mais do que uma graphic novel, MAUS é um testemunho visceral sobre o horror do Holocausto e sobre como o trauma se perpetua entre gerações.
A partir da história real do pai de Spiegelman, um sobrevivente dos campos de concentração nazistas, discutimos a Segunda Guerra Mundial e a perseguição histórica ao povo judeu. Mas vamos além da narrativa histórica tradicional: falamos sobre desumanização, medo, sobrevivência e a ausência de heróis em um mundo onde a crueldade se institucionalizou.
Em MAUS, os personagens são retratados como animais antropomorfizados — judeus como ratos, alemães como gatos, poloneses como porcos. Essa escolha estética carrega um peso simbólico que discutimos profundamente no episódio: o que essa representação diz sobre os papéis sociais, o racismo e o modo como a ideologia nazista enxergava o "outro"?
Também refletimos sobre a importância da memória e da arte como resistência. Em um tempo em que o negacionismo ganha espaço e o revisionismo histórico tenta apagar ou distorcer o passado, obras como MAUS nos lembram que esquecer é permitir que a barbárie se repita.
O episódio propõe uma pergunta incômoda: em contextos de guerra e opressão extrema, ainda podemos falar em heroísmo? Ou será que sobreviver, quando tudo ao redor insiste em te apagar, já é o maior ato de coragem?
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📢 Manifesto do Caos — porque a arte também é memória, denúncia e resistência.